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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008


No Dia Mundial de Combate à Aids, entidades pedem acesso universal a tratamento
O mundo celebra nesta segunda-feira o Dia Mundial da Luta contra a Aids 2008, simbolizado pela 20ª Jornada Mundial contra a doença, com a busca de novo fôlego. Apesar de avanços importantes no tratamento da Aids, a vacina e a cura ainda estão longe de serem descobertos. No continente africano, onde está o maior número de infectados, uma vitória: o número de pessoas contaminadas é considerado estável. No entanto, no Leste Europeu, a doença avança.
Com o slogan "realizar, responsabilizar, ativar", a 20ª jornada pretende, segundo os organizadores, definir "a política necessária para fazer respeitar os compromissos assumidos, em particular a promessa de acesso universal à prevenção, ao tratamento, aos cuidados e ao apoio".
Com 33 milhões de pessoas atingidas atualmente pelo HIV, a Aids é uma doença controlada por medicamentos que impedem a ação do vírus, mas ainda não há vacina e cura. Além do mais, a maior parte das pessoas contaminadas está no continente africano e não tem acesso a tratamentos adequados.
A esperança de encontrar uma vacina foi, no ano passado, reduzida a zero após o fracasso total dos testes clínicos realizados pelo laboratório farmacêutico Merck. Apesar do insucesso, novas pesquisas voltaram a ser feitas por outras empresas e associações científicas, que buscam a descoberta de novos métodos. Um gene acaba de ser descoberto por pesquisadores americanos, que pode abrir caminho para a imunização.
Contaminados
O número de portadores do vírus da Aids, estimado em 30 milhões de pessoas em 2007 pela ONU (Organização das Nações Unidas), está sendo considerado estável na África Subsaariana, mas não pára de aumentar no Leste Europeu, segundo a Federação da Cruz Vermelha.
"Mais perigoso que o HIV é comemorar por antecipação os avanços realizados", afirmou a Federação Internacional da Cruz Vermelha, em comunicado publicado por ocasião do Dia Mundial da Luta contra a Aids 2008, celebrado nesta segunda-feira.
"Se as taxas de infecção tendem a se estabilizar em algumas partes da África Subsaariana, elas continuam aumentando em outras regiões onde muitas pessoas não têm consciência do perigo, principalmente no leste da Europa e em várias regiões da Ásia", disse o representante especial da Federação para a Aids, Mukesh Kapila. Segundo um estudo recente das autoridades de Moscou, um total de 417.208 russos contraíram a doença este ano, número que tende a crescer no país.
A Federação da Cruz Vermelha disse ainda que a discriminação contra as pessoas afetadas continua forte em algumas partes do mundo. "A persistência da discriminação das pessoas que vivem com o HIV é inaceitável para toda a comunidade que enfrenta este desafio", disse o diretor do programa mundial da Federação Internacional sobre o HIV em Genebra, Bernard Gardiner.
Pequim
Em Pequim, capital da China, laços vermelhos foram colocados no estádio Ninho do Pássaro, construído para os jogos olímpicos. Neste domingo, manifestantes pediram fim do preconceito contra portadores da doença e "um mundo sem estigma", parafraseando o slogan dos jogos, "Um mundo, um sonho."
"O estigma e a descriminalização são os maiores obstáculos para uma resposta eficiente contra a Aids", afirmou o ministro da Saúde, Chen Zhu. Nesta segunda-feira, autoridades chinesas, junto ao presidente Hu Jintao, visitaram doentes em hospitais de Pequim. O país tem 264.302 pessoas contaminadas com a doença.
ONU
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, disse nesta segunda-feira, em Doha, que devem ser mantidos os esforços na luta contra a doença. Moon afirmou que a Aids "está entre as dez primeiras causas de morte no mundo, e é a 'maior assassina' da África". No entanto, o secretário-geral lembrou os importantes avanços recentes e que mais de 3 milhões de pessoas estão recebendo tratamento contra a doença no mundo.
A alta comissária de Direitos Humanos das Nações Unidas, Navi Pillay, também se manifestou. Em nota divulgada hoje, lamentou que a discriminação ainda seja um problema para as pessoas com o vírus da aids, além de impedir o acesso de todos a tratamentos.
Pillay diz que, apesar de todos os esforços desde o surgimento da doença, há 27 anos, ainda persistem muitos estigmas. "Um terço dos países ainda não têm leis para proteger as pessoas que vivem com o HIV e, em sua maioria, seguem discriminando mulheres, homossexuais, profissionais do sexo, toxicômanos e minorias étnicas", disse.
Pillay denunciou "a contínua existência de leis punitivas diante da descoberta de casos positivos e as proibições de viagens para pessoas com o vírus, além da inadequada proteção para mulheres e meninas contra a violência sexual".
(Folha Online, com France Presse)

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